Ao luar confesso os meus ténues amores que
deixei como vento em polpa, semeados em corações que não desejavam, extinguiam qualquer
razão para sentir o clarão da minha alma e se auto declaram crentes de mentes
fechadas, onde corriam livres como cordeiros, mas presos que nem o sobreiro do
quintal, onde criava sonhos e desgostos de tudo e todos, dos tolos e miolos de pão
alimentavam o meu ser corrompido de perdão, que afinal demonstrou-se em vão
enquanto a clarabóia tornava solto o refrão, de tentar fazer das tripas coração,
assim acreditava eu sem sequer uma razão, em tudo o que sentia e no que nem
devia sequer sentir, tocar ao som da mais bela e trágica melodia feita na
surdez da mente e pelo poder de um olhar que escutava as cores, ignorava o silêncio
no meio de tantas acções, que de nada foram mais que consequências de impulso, rasgões
de sanidade, ao redor de infinitas versões de um verso que que com o tempo se
torna incompleto, devido a tanto curta como volátil vida, á larga sede da alma
que mais luta pelo que não quer, menos valor dá ao que sempre teve e se afunda
em ódios, gerados por quem nem sequer sabe o verdadeiro significado de amar.
Sem comentários:
Enviar um comentário