terça-feira, 31 de janeiro de 2012

Se o céu fosse um mar de sonhos

  Se o céu fosse um mar de sonhos, eu navegaria nele dias e dias sem fim, lutando por cada um e sem limites, seria uma conquista todos os dias e de todos os jeitos sentir-me-ia feliz, mas não realizado enquanto o maior dos meus sonhos fores tu e nas estrelas viver uma realidade e na verdade uma eternidade sem ti seja agora, neste momento que sinto saudades e vontades de te de um meio desmedido para o meu ser.
  Relembro a cada momento cada palavra que dizes, com ou sem intensão, cada sorriso com graça e emoção que por mais linhas que escreva nunca será o suficiente para o descrever, muito menos se igualar á batida que agita o meu coração cara vez que dele ficas perto, agora e sempre.
  Hoje queria ser como o vento e ao relento soprar, sentir-me livre no meio desta prisão que é a vida e poder te abraçar sem razão, a mesma vida que não me deixa sentir do jeito que eu quero e me deixa solitário neste meu mundo de pensamentos e expressões que só demostro a quem quero e nelas reflecto tudo, o meu carácter, os meus sentimentos e tudo o que resto que faz de mim a pessoa que sou hoje.
  Não foram as razões que me fizeram homem, mas as mudanças que as mesmas trouxeram e no meu fado exigiram maturidade e atitude perante obstáculos que se isolam sem fim, senta subida de humores e favores que exijo de um corpo só, que luta por tudo sem esperar o melhor no seu leito e no seu percurso encontra desde amigos a jovens feridos, revoltados com a sua jornada e assim tentam tornar a minha mais complicada, mas no meio de tudo isso estás tu minha bela flor, que me dá motivos para continuar vivendo e sem temer o que á de vir e o que enterro de um passado sem amor, o mesmo que em dias criou companhias pacatas no mais pálido inverso que ao fim chega assim que na minha vida marcas, fazendo-me renascer no meio das neves e as árvores que cobrirem os dias de vestes e essências da mais pura natureza que hibernava no interior da floresta, transformando tudo no maior dos amores que sinto por ti.

terça-feira, 24 de janeiro de 2012

Cofre do amor


  Amo-te que nem rosas brancas ao peito e repito as vezes que forem precisas para te fazer feliz, neste nosso destino de prados e cravos onde nada se compara à tua beleza, apenas o teu sorriso me contenta e alimenta que nem doce que os meus lábios provam e desejam vezes sem conta, na hora aprontam-se para te receber de braços abertos ou de aconchegos na alma de um dia exaustivo, onde espinhos e sarilhos cercam-te que nem abelhas traiçoeiras, que montam ratoeiras no relento do ar.
  Ainda hoje procuro o porquê de te desejar tanto, que nem nos melhores contos serias imaginada ou pintada constantemente que nem gravura de aventuras, num mundo encantado onde és salva por um príncipe sapo que te quer loucamente e no momento, em que o sol se pôs e o teu rosto compôs para um tema chamado Romeu e Julieta, onde o amor será a arma maior de uma vida
  De tantas beldades num horizonte, foste a única que atingiu e se apegou com o tempo ao meu coração e me salvaste, de mais um desgosto e assim confesso a Deus a alegria por te ter posto no meu caminho, de uma forma constante que nem o nascente Sol que hoje nasce para todos e mais alguns, como uma nova esperança para recomeçar e lutar mais uma vez pela sua cara-metade que à Lua pede para trazer na meia-noite, onde cheia de tanto brilhar completará o céu assim como tu me completas sem saberes.
  Sei que precisas de tempo para pensar, mas gostava que soubesses que me fazes falta, aqui, agora que nem a primeira e a oliveira onde floresce pétalas rosa que acabam cobrindo as minhas vestes de saudades, do que passou e do que quero viver contigo neste caminho, onde a mais sincera estrela cai e nela ficam sonhos que ainda quero sentir de perto ao teu lado, por cada canto que passares e ao meu fado tocares com palavras mandas, que crias desde que te dei acesso ao meu cofre do amor e nele carimbas com presença o teu nome.   

domingo, 22 de janeiro de 2012

Conversas lamechas


 Sinto vergonha do maior dos teus desejos como se deles fosse a culpa da minha deriva, cega mania de procurar o melhor sem arriscar e no pecado me deixar levar sem saber o que pensar ao certo, do que roda ao ritmo de um mundo sem fundo.
  Um sonho enublado, um tecto rasgado chovendo os insultos de um local chamado céu, sem luz na escuridão vou percorrendo a podridão que o mundo deixa nas traições e na falta de perdões que subitamente escorregam nos corrimões e em lenços de recordações ficam as vestes de um dia, queimadas e feridas onde as teias foram uma parte que viveu junto da carne viva para quem a conhecia, para quem a queria e desejava neste frio defunto.
  Procurando um lar, no peito de alguém, aventuras desmedidas e quedas corroídas pela mentira de uma tara perdida com a mais subtil bebida que escorre entre latas e copos feitos de alumínio ou de risos que se dizem nos suspiros de o fim do dia.
  Flechas e conversas lamechas saem de lábios sedentos de um beijo que ficou perdido num rosto, num quarto frio e sem abrigo onde o amor e o calor o abandonaram para um céu de estrelas e cometas onde as vedetas correm nuas num chão que não é de ninguém.

um sim ou um não

  A felicidade vem de pequenos momentos que passo contigo, ao redor de um abrigo que abrange carinhos e sorrisos que soltas do teu rosto e o meu coração recolhe com amor e sem esforço, no gosto ficam beijos que te quero dar e abraços que ficam por contar saudades e momentos de um fado, os mesmos que nos une a cada dia que penso em ti e em tudo o que dá sabor á minha vida.
  Uma tentativa desmedida de encontrar o mais brande dos amores, nesta melodia desmedida de tristezas e franquezas de um povo, que não sabe conter desgostos e numa cerveja deixa desabafos e amassos de dias em que procurou o que nunca amou por completo, velho passado e novo futuro a passos de lagarta, demoram e magoam a alma de quem vê na cara o que se sente no coração.
  Á quem procura um divertimento, á quem deseje apenas um abraço dos poucos rejeitados pelos pobres diabos, que no prazer retribuem a dor de quem o amor não esconde no seu rosto e no sangue bombeie sem esforço o que de um poço nunca vai receber, mãos feridas e desmedidas e sonhos condenados ao mais pobre dos passos, onde se desvenda a verdade das palavras e a realidade das acções, de quem absorve beijos e em troca dá despejos de queijos podres muitas vezes sem sabores, de uma paixão na mais pálida expressão.
  Nas tuas mãos procuro o mais leve dos toques e no teu corpo a maior das hipóteses, de que o futuro não é apenas uma ilusão que crio com os meus olhos que admiram uma beleza sem fim e no mais silencioso toque encontra a maior valsa, que aquece o meu ser que nem cobertores que me envolvem para o reino dos sonhos onde tu és a rainha dos montes e prados em que me deito e revejo a serenidade que me transmites, as mais engraçadas pistas de um amor ainda pairando no ar, sem uma resposta, um sim ou um não.

sábado, 21 de janeiro de 2012

A acompanhar


  Vou procurar os pedaços do meu peito, num passado distante e num presente alucinante, onde a tristeza e a mágoa o abandonam parte a parte e a rumo de Marte foram navegar, apenas a saudade ficou para contar e relembrar o que ficou aqui dentro a sarar das tuas garras afiadas nas minhas costas e num perfeito coração se partiram no meu amor, consolam-se e resguardam as preces de outros valores esquecidos e corroídos pelo ódio que não passa de um amor doente e ferido, para quem o sente mas também para quem o vê e com um abraço tenta abrandar em leitos de um rio passageiro feito de esperanças, mas também de amarguras de vidas inseguras perante um pecado mortal, a acompanhar uma imperial para os velhos e os novos que se enchem de desejos pelas moças que passeiam a noite que nem gatas vagabundas e na cama se entregam nuas para o prazer, o mesmo que será por uma noite.
  Assim passa a noite os meus olhos vêem nascer o sol no horizonte, acompanhado pela estrela da manhã bela e quente que nem uma vela ardente, numa mesa a acompanhar um jantar de enamorados, recém-casados e amigos coloridos, fiéis amantes que se deixam deliciar por entradas e pratos enquanto os seus olhos espreitam ansiosamente os mansos, de quem acompanham ao redor de uma mesa e no meio da sobremesa se entregam a doces mensagens de confiança, de amor por quem mais amam no seu rosto se encantam, mansos que nem cordeiros recolhendo ervas do desfiladeiro, onde o pastor é um sábio conselheiro de vestes brancas, um grande arqueiro de decisões e paixões na qual acerta sem grandes decisões, onde um beijo será o primeiro desejo assim que o veneno do arco se espalhar no seu peito.

Um breve repouso


  Foste o extremo do verbo amar, mas nem de perto foste aos pés do eterno que dias e noites reviram a minha mente sem pés nem cabeça, oca e profunda para quem triste vive com uma realidade que aos poucos torna os sonhos impossíveis de tornarem uma verdade.
  Ainda hoje, são os dias que tornam esse teu feitio abominavelmente controlador e crítico com frieza, a base que abraça esta amizade feita dos restos que em tempos foi um amor, que me fazia sorrisos no meu rosto e carícias na minha alma repleta de passos e fórmulas, que os sábios fazem questão de repetir vezes sem conta, para que ao fim do mês tenham o seu ganha-pão para os seus próprios prazeres e afazeres à margem de dias, à sombra da preguiça e na levadiça de uma cama de descansos e mansos Verões para um breve repouso.
  Levando recordações e tensões para a paz de espírito que se cria e perlonga pela noite fora, enquanto os sinos me deixarem envolvidos em cobertores macios e leves no meu corpo, que nem penas de Apolo ao raso vento.
Leio frases e abraços que outrora viveram apenas no meu ágil pensamento, complicado para os simples e leve para os engenheiros e doutores que encarnam salvadores de outros tempos árduos e apertados, para quem os viveu e recorda com tristeza e a avareza deixou para os gananciosos e pecaminosos.