sábado, 31 de dezembro de 2011

Breves momentos de fantasia


O clarão do candeeiro ilumina uma noite que nem um isqueiro, e as duas da manhã são anunciados por um cuco, inteiro com anos e passos de uma vida e de outra, as que já se foram e as que se escrevem num futuro incerto.
  Passeio entre quartos e recantos de uma casa que me segue, vive comigo um fado já por si caótico, numa pequena gaveta escondem-se folhas e quadrados de um tempo, onde eu crescia em sabedoria com o mundo, nele estão versos quase perfeitos, que me fazem recordar o quão pecaminoso era o nosso amor.
  Aqui, entre linhas e rimas, delicio-me aos poucos, releio o que a minha mente em tempos desejou, onde a tua companhia preenchia o meu céu, quando os beijos seriam servos de um calor promissor, vindo de estranhas mas claras palavras, aquelas que eu queria ouvir e com elas sentia o mais forte os sentimentos por breves momentos de fantasia.
  Com giz e alegria manchados no meu rosto, que lia livros formulados de definições, fórmulas e resoluções, contudo via rostos e monstros, que destruíam aos poucos a minha auto-estima, atacada por risos vazios e insultos vindos das mentes mais criminosas para com o acto da palavra liberdade, foram altos e baixos de uma altura em que nem tudo era tão certo como hoje, muito menos perfeito, mas bastava-me um momento contigo e os mais infinitos e obcecáveis problemas iam ao infernos, cada vez que me afundava no teu olhar.
  Lembras-me o mar em dias no qual me senti livre de todos os preconceitos e medos, os mesmos que hoje tendem a rodear a minha vida, ainda me lembro de me perder num beco, escuro e feito de madeira, com uma faca apoderando breves segundos de bravura, na qual usava para te apunhalar o peito de desejos e receios, que ficaram mortos neste livro de recordações e balões dos raros momentos, em que o violino se distinguia da orquestra de teclas e sopros, cordas e bombos, que ao redor do meu mundo tentavam fazer o som perfeito.

quarta-feira, 28 de dezembro de 2011

Minha bela Andrómeda


Começa a corrida e para uma subida me vou preparando, atacatu e atacueu sem cessar nas palavras ou nos pedais que se vão cansando, esfriando com a noite que assim se aproxima.

Vizinhos e miúdos vão se deixando ficar pelo caminho de pedras secas e as minhas mãos soando consoante a brisa que corre, com a essência do eucalipto no trajecto sem abrigo, no estrelado céu de brilho e trilhos, que me ocorrem ao som de um trombone, anunciando o início de uma batida, constrangida de respirar e desafiar os olhares que crias nos meus sentidos, pedaços de sonhos perdidos, que voltei a encontrar em ti.

A cada sorriso que me dás, a cada verso que me dizes, minha bela Andrómeda de cabelos morenos e olhos doces e reluzentes, traços sagrados, consagrados pelo teu véu de valores e sabores, feito de experiências e amores que eu quero descobrir, desvendar e partilhar a cada momento que passas por aquela porta e te vais embora velozmente, com o ruído de cem cavalos e abraços, que por vergonha esqueci-me de te dar, coscuvilhar ao mundo que assim eu sou feliz, só de te ter ao meu lado.

 A leste ou a nordeste, não interessa pois cada pensamento a ti pertence, por entre vales e mais além, as coisas que nunca ficam à quem, sem rumo, afinal a nós pertence a liberdade de escapar, e ao mar de sentir o prazer de um momento, que nos guia no contentamento dos dias, à imagem de uma esperança criada quando o sol nascer mais uma vez, seremos os sonhadores de um novo mundo que surge a cada dia, sinto um renascimento no amanhã e de beijos e abraços te cobrirei quando o mar estiver brando, o nevão tiver passado e me deres uma resposta ao som de um acto de tudo a que está a nosso favor.

Escrevendo ao mundo


 Plantaste esta vontade e eu devia obrigar-te a saciar-la, pois é nestes momentos que anseio, que quero sentir o teu toque, o teu cheiro a horas trabalhando ao sabor do vento, por tostões e meios pinhões que te trazem aqui, ao pé de mim neste tempo sem fim e além do rim que limpa sem cessar, este sangue em mim começa a necessitar de algo mais, de algo bom, vindo dessa tua chama viva que não queima, mas vibra cada fibra que me faz mover, que me ajuda a viver esta vida sem medida, trajecto ou saída.
 Quero apertar ter teu peito e sentir que desse jeito, o teu coração fico relento do teu leito, que não sei mais o que é, desde que me tocaste desta maneira, perdi-me num manto de trambolhões e palavrões que vou dizendo, escrevendo ao mundo do único jeito que permites e me deixas possuir, pois o resto já pertence a ti, nesse teu feito heróico de não partir e o deixar sem remendo, aos arames de um caderno desfeito, o meu coração.

segunda-feira, 26 de dezembro de 2011

Por amor...


Coberto por um cobertor, abraçando a noite em pleno e contendo as saudades de um bom sorriso, do teu abrigo ao respirar por um momento, ao suspirar em pleno anoitecer, rebolando na arte e sonhando na parte em que me deixam os membros ligeiramente descontraídos, por um alívio físico de rigores e pavores de um desabafar da alma.
Passo assim uma hora atento e desatento a cada exercício a dois, o tempo vai, o tempo vem e nada sou se as acções conter e as palavras disser em línguas matreiras, pesadas para um saber tão natural, sem saber o que fazer.
De preto e branco se fazem as cinzas feitas pela granada, traída e zangada nas mãos de um salvador do mal, assim os meus olhos se tornam reforços de um amor sem trepadeiras, rasteiras numa colmeia feita por pequenos desejos de beijos que não passam de sonhos enquanto não te abraçar ternamente ao som de uma chaleira, que aquece com palavras e calmos olhares que não mudam com a noite, nem com a fonte do pior pavor que se reforça num primeiro gesto.
Ligo ás estações e peço perdões pelo tudo que se esconde na verdade, pela sombra que não nos deixa estar juntos, relembrando o que já sei, contudo cair não está voando no céu azul que se cria num nascente, que deixa meus olhos cansados de tanto olhar para um algo que aqui não está, descansa no profundo de um sonho, o teu pensar, o teu sentir, a tua presença limitada a quatro paredes e uma janela que aprisiona o que eu mais quero...
Muitas pessoas já perderam as suas vozes por amor, mas isso não reduz este amor que me choca em sentimentos e desejos de te ter, de te proteger a cada dia.

sexta-feira, 23 de dezembro de 2011

A teu mercer

É mais uma corrente fria neste longo luar, cada peça escapa na lama e nela fica tudo o que queria dar, um ano acaba e mais uma vez não teci sorrisos nesse teu rosto de criança, cada vez que me vês, por mais que me fales dias e maravilhas a teu ver, a teu mercer...
Faltam dias e este sonho fica adiado por fantasmas e fontes malignas, por maus pensamentos e mil vezes pensarei que me levaram num suspiro, para um mar que culpas e ressentimentos, resultados falhados de algo que atravessa esta mata de lobos e sonhos, numa noite sem a luz das estrelas que brilham eternamente um vácuo espacial.
Ando lentamente neste quadro feito por chances e recortes, doze vezes pintado ao mais calmo e solitário amor de um pintor, sem dedos e cabelos borratando as mais transparentes evidências de um pavor, contudo manchado de lágrimas e mágoas vividas durante noites, criadas por montes de chaves que rodeiam um futuro que se cria, a cada ritmo tocado por uma harmónica, pelo vagabundo tempo recheado de enredos e momentos que dançam e balançam entre meus pés, á medida que o dia escurece e me leva para um infinito mundo de possibilidades, onde vou percebendo que se não arriscar, só terei a perder com isso...

quarta-feira, 21 de dezembro de 2011

Escondo-me...

Hoje, todas as palavras possíveis e imaginárias por escritores e professores passaram por cada nervo que preenche cada espaço da minha mente, cubriram-na de cinzas e poeira criada por pensamentos remoidos, triturados, aqueles que deixa na mira dos meus olhos e ouvidos cada vez que falas, cada vez que me observas e me tiras cada letra, cada palavra que me ocorre na minha mente, que nem um brinquedo tirado á criança indefesa num mundo escuro como este, deixas-me despido dentro da minha roupa quente de Inverno, que me aquece a toda a hora e cora o meu rosto que nem um dia solarengo de Verão.
Escondo-me por trás de simples negações e ideias que me ocorrem no momento, as mesmas que os cobardes têem por definição ao procurar uma nova teoria da relatividade do globo, tremendo assim meu corpo de medo, desejando um azedo mas sedoso toque vindo das tuas mãos, tocando minha carcaça cicatrizada por duros tufões criados por amores vádios e vazios, transformando-me numa briza que deseja correr em teu corpo, envolvendo-te num beijo na qual o mundo deixará de ser o teu solo,  e voaremos em direcção a um tempo sem limites...

Que cabeça a minha...

Tudo em linha numa mira vazia, que cabeça a minha... procurando o que não sabe dar, temendo o que nunca viu, sentindo alguem que não se ergueu, esperando do mundo um paraíso com pavor, por favor...
Até uma criança sabe expressar o amor, porquê recear algo tão naturar, racional, num espaço e tempo tão limitado como a vida de pleno mortal? Talvez o erro seja em procurar as respostas num meio tão irracional, tal e qual uma ervilha num arrozal, a solução não está no plural, mas sim no profundo do meu estrutural, o sentimental que se afunda neste viciante pavor de acções e expressões, que monstram quem realmente sou... um humano com medos e coração.
Farto de pensar, de me auto julgar, quero mudar, me libertar desta prisão onde me estou a excomungar, a prejudicar a minha própria confiança ferida por egos e escaravelhos, que se acham superiores, quando na verdade são os piores perdedores...

Uma vida de pesos e penitências

Mesmo que as verdades fossem doces de aceitar e os perigos de ultrapassar, é este risco que apimenta esta paixão que nem orvalho na relva fresta, este frio que me faz desejar que me toques, que me aqueças com a tua chama, sem rodeios e planos de tensão nessa tua mente sã e prevertida, refletida em horas e demoras no local mais iluminado de uma sala, no silêncio pela calada, por cada degrau dessa tua escada num ritmo estrondoso, harmonioso á melodia de uma flauta perdida na floresta negra, de gnomos e fogos criados pelo Verão e pequenas penitências em pleno Inverno, assim gosto eu de te relembrar, a cada noite que me vou envolver e no sono esquecer que o mundo nos julga, á perspectiva de deuses perfeitos e rigorosos na linguagem do amor, mas por mais sábios que sejam, só a nós nos compete julgar, tentar as leis que nos movem, enquanto vivemos uma vida de pesos e penitências que roubam esperanças, atiram lanças aos sonhadores e pescadores que circulam num fado já por si conflituoso...

Palavras e refrões do maior dos ladrões


 Estou a passos de distância e a um olhar da tentação, chove entre os desejos e confissões de algo, de alguém que me quer bem, me quer mal também, batida incomum no meu rotino e mandrião coração, arrebatado que nem uma ponta solta do indefinido passeio que piso, molhado, desgastado pelos ventos e  movimentos que meus pés provocam nele.
 Com o trovejar de vontades e raios vindos de um profundo querer, criam-se passos e recados com o fim de chegar a um local, onde a tua presença se mantêm fresca que nem a essência de uma flor, que vive no mais verde ramo de uma árvore resistente á mais forte tempestade, com a vontade de fugir para um solo cheio de larvas e carcaças formadas pelo tempo, esse vagabundo que aumenta o receio de espalhar a dúvida e a incerteza pelo ar...
 Corpo desfeito ao relento do ar, chuva cortante ao sabor de um amante corrente na mente que paira no ar,  assim vai vivendo a minha atenção, afastada pelo imoral dos calores, que não respeitam memórias nem insónias ao relento dia que as acompanha como por magia, triste ferida que se abre no meu peito, sem um remédio, sem remendo, apenas feita por palavras e refrões do maior dos ladrões, o amor.

Numa cama vazia de sabores e valores


Cada vez que abro uma porta, a vontade de te ver torna-se o medo de te receber, de te encontrar no mais puro estado e me deixar levar, como cada tempo ocupa o seu lugar, a tua mente ocupa breves mas fortes momentos no meu luar, que se deixa congelar por uma simples negação do verbo amar, memórias passadas de esperanças negadas e seca perlongadas ao som do que sempre quiz ouvir, muito mais do que acreditar.
Queria ficar e pensar que este desejo não passará de um impulso, deixando-me uma autêntica confusão no meu ser feito de perguntas e comédias, sem saber o que responder, contudo o teu toque faz-me vibrar, sentir, dominar cada raio de calor que tenho para te dar, num momento a sós, num velho e acolhedor lar de fervores e amores, numa cama vazia de sabores e valores na qual não quero partilhar ao monstrengo nem ao moreno que passa no meu quintal, na minha vida e em qualquer local onde passam ventos e sentimentos de um tal desconhecido valor, que não rema a meu favor.

segunda-feira, 19 de dezembro de 2011

Uma solução...

Aqui estou eu, perdido num sempre que o mundo criou, sem nome, sem futuro, pois o mundo me arrastou para o escuro da arrecadação. No meu peito se cria a esperança de que um dia, algum anjo ouça minhas presses e me revele o verdadeiro sentido do mundo, o mesmo que hoje se cobre de nevões criados pela futilidade da população.
Navego neste meio sem sustento, nevego alto por estes mares sem fim, sem horizonte, sem a luz de um farol para me orientar, não sei para onde me virar. Sou apenas mais um que passeia ás escuras  num oceano cheio de obstáculos, pelo contrário, vivo no meio das pedras á procura de um riacho onde possa ver meu reflexo, onde me possa encontrar neste eterno labirinto criado por uma sociedade em repressão, essa mesma que me tenta, se acha um génio, me tenta sufocar na sua maré, porém prefiro ficar ás escuras que no poço final.
Vivendo á deriva e com uma faca cercando todos os traços que me fazem humano, contudo essa mesma me quer levar para uma chuva de ilusões e canhões, onde a guerra prevalece rei no meio dos inocentes, pobres e doentes sem uma escapatória, uma solução...

domingo, 18 de dezembro de 2011

Num mar de vendavais e temporais

Raios transparentes passam entre os dedos e os ventos se desfazem em nós, no enrrugado trigo que cresce num solo feito de ilusões e esperanças, que a chuva molha fervosas veias que me aquecem a alma, a cada esfera que roda em passos transloucados para uma morte quase certa, inderecta para um fraco ser.
Penso e repenso em simples momentos, poucas das vezes que me deixas sem palavras ao relento de uma madrugada sentimental, a mesma que me deixa sonhar por ti, pelo mundo que mancha de sonhos e espinhos de rosas que crescem no meu ser, por casa momento que me deixas acreditar que o amor vive nesta tempestade de pedras e rebentos que é a vida que eu vivo, num mar de vendavais e temporais ao raio de um relógio e receios, ao sabor de chronos modernus num trono de quedas e falésias para os mortais, famosos e imorais que nesta terra guarda no seu temor, do terror da humanidade.
Mas afinal, marinheiros somos nós e sentimentos são as armas que usamos perante este vendaval de rebeldia e azia que é este defundo de eternos invejosos e temosos trovões de medos, que me deixam na incerteza do que é este calor, contudo este sabor é o único meio que tenho para continuar a mudar o meu mundo, a minha mente pressa a uma terra de pesadelos e cabelos de uma ninfa que usa fios de água gelada com o fim fútil no meu fado, cantado ao velho e bom coração...

quinta-feira, 15 de dezembro de 2011

Quero que este amor seja real...


Vivendo minutos ao teu lado, é dificil não ver o teu rosto, poderá ser dos teus sonhos, poderá ser do teu sorriso, mas nunca me canso se olhar para ti, sentir este calor vindo de tuas acções, de tuas emoções que escondes do mundo e me deixas acreditar, aí não vejo mais ninguém ao meu redor, rápidos momentos de atenção que transmites e sinto meu coração nos teus braços, contudo não quero seja apenas isto, quero sentir-te aqui dentro...
Dar-te um beijo, um desejo no teu ser, palavras que rodam ao torno de sensações que a lua demonstra ao som do céu estrelado, quero saber o que pensas de mim, concretizar teus desejos, sentir teus medos e receios, te aconchegar e te amar a cada madrugada.
O facto de deixar que este sentimento cresca apenas para mim, deixa-me cada vez mais vazio, por não partilhar contigo, sinto-me injusto aos teus olhos, talvez se estender a minha mão e te deixar conhecer estes sentimentos me complete aos poucos, quero que este amor seja real...

quarta-feira, 14 de dezembro de 2011

De recordações se enche o meu coração


Remoendo nos espinhos que encravaram no meu coração, encontro lembranças, tristezas e inseguranças que me marcaram e me marcam cada dia que eu respiro, cada hora que penso, pois foi graças a isso que eu sou, como o mundo me vê, essas marcas que acima de tudo não são apenas recordações, são a tua presença na minha vida, por mais erros que tenhamos cometido, por mais promessas que tenhamos feito e não cumprimos, não me arrependo de te ter amado, de te ter levado na minha vida e no meu coração horas a fio, sonhos que nem sempre foram uma realidade fácil, com os seus defeitos, mas acima de tudo sonhos que tornamos reais e conquistamos por longos meses, embora o tempo nos tenha obrigado a deixar-los pelo caminho, afinal nem sempre o amor vence todas as barreiras, nem sempre as melhores sementes dão as melhores colheitas e nós, ficamos destinados a um amor fracassado a cada dia que passava.
Não quero acreditar que foste uma ilusão, afinal vivi e senti cada batida que as tuas palavras ocultavam com o passar do vento que corria entre nossas faces, vento que hoje me corre na alma nas alturas em que sinto vontade dos pequenos momentos que passamos juntos, das alturas em que sentia feliz só de ver o teu sorriso depois de um dia de matérias e canetas, ao redor da minha sabedoria que te via como uma luz no meu caminho, contudo o tempo passou e só restam lembranças, as mesmas que me fizeram sorrir e que agora me fazem pensar...

segunda-feira, 12 de dezembro de 2011

Toque por Toque

Gostava que me ensinasses a voar, nem que demorasse toda a noite, sentir-me um verdadeiro anjo enquanto teus lábios se envolvem com os meus num simples acto de amor, abraçar-te, tocar-te sem pressas, admirar cada traço do teu rosto, cada curva do teu corpo, me encantar e continuar por longos tempos a desejar-te e amar-te.
Procuro pelo teu calor, para qu me possas salvar, me envolver na inocência do teu mundo e sonhar, viajar longo sem sair do lugar, sem deixar de te presenciar, de te saborear, pois é assim que eu te quero amar.
Quero libertar este amor que tenho para te dar, estes beijos que te quero dar a conhecer, pois sou um mero errante encantado com a tua luz, pelo teu sentido de viver, tudo em tu me deixa a escaldar de emoção, toque por toque, bate e rebate este encantado coração pela pessoa que demonstras ser, pela vibração que me fazes sentir cada vz que te vejo aqui bem perto de mim, me conquistaste com esse teu sorriso e com ele surgiu este novo mundo, monstra-me que estou certo...

Humano que é humano

Humano que é humano sente, vibra, chora por cada par de emoções emitidas por algo, por alguém, por um simples silêncio ou por um provocante olhar.
Humano é aquele que sofre cada vez que o mundo lhe espeta mais uma faca no seu coração e o enche ainda mais de defeitos que aqueles que são naturalmente dele, com isso correm lágrimas tanto na sua alma como no seu rosto de tanto pensar, de tanto sentir com alegria como de tristeza e afunda tudo isso na incerteza que é a realdade.
Neste momento não estou feliz mas sim a sofrer, não por amor mas pelo facto de como a vida é dura e crua nas piores alturas, pois neste momento cada terreno que eu construí em meses, ruíram-se em dias tudo devido ao quotidiano, ao parvo, ao abusurdo e ao imaginário.
Contudo, apenas me bastava um sorriso, uma abraço amigo, daqueles bem apertados, que me carregam de boas energias e esperanças, para lutar contra este frio mundo que me rouba tudo a cada passo que dou, esse mesmo abraço pode vir de ti, desde que venha carregado de amor e compreensão, para que me sinta um tanto confiante neste escuridão.
Confesso também que não sou o melhor distribuidor de tal, mas neste momento preciso da tua mão, do teu ombro amigo para um dia retribuir com carinho. Talvez aches aburdo isto que te estou a dizer, mas é nestes momentos que me sinto humano, sensível, necessitado, afinal a sociedade devia viver em conjunto e não cada um para seu lado, mais que nunca é nestes ocasições que preciso de alguém ao meu lado.
A noite ja está alta e a Lua monstra a sua enrrugada e prateada face no céu cheio de nuvens e mistérios, é isso que me conforta de certa forma a alma, porém este sentimento de fraqueza se oculta perante o desabado e o sono que envadem a cada segundo e nele me envolvem para que a minha alegria amanhã possa renascer...

sábado, 10 de dezembro de 2011

Gostava de te confessar

Como cada passo que me custa andar, sentir-te aqui e não te poder tocar, torna-se a minha escuridão num dia primaveril. Gostava de ser, de cada vez mais perceber o sentido do verbo amar, pois ele têm-me domado os dias, as horas, os pensamentos a fio em noites frias e dias calmos de Inverno, até os mais ocultos pensamentos o teu nome prevalece aqui.
Gostava de te confessar que te amo com loucura, com fervor e com ternura desde o momento em que o dia nasce até ao momento que as minhas forças se acabam e me levam num sono profundo envolvido em sonhos e pesadêlos, em risadas e receios, dia e noite numa só.
Saberei eu lidar com tal sentimento que me rói por dentro, me aquece tremendamente a alma sem autorização, sem perdão, sem recentimentos ou confusão que esta paixão desperta em mim... Uma parte que se deixa levar pelo magma da tua mente, a sabedoria que acima de tudo não se aprende, mas se sente...

quarta-feira, 7 de dezembro de 2011

A pensar, a pensar...

Aqui estou eu, nas minhas tarefas depois de um óptimo jantar, á procura de alguma ocupação, quando me ponho a pensar no provérbio "quanto mais depressa mais devagar"...
Será correcto pensar mesmo que quanto mais apressamos as coisas, menores resultados obtemos delas? Cá para mim esse provérbio é um pouco relativo, afinal nem tudo o que queremos podemos esperar, pois algumas são uma oportunidade do momento, algo que temos de agarrar ou lamentar o resto da vida por não arriscar, não concretizar o que naquele momento nos preenchia a vontade.
Em contra-partida temos sempre o exemplo das pressas em fazer algo na qual exige tempo e sabedoria e da qual jogamos da pior forma, mas qual será o verdadeiro sentido do provérbio... Uma coisa tenho a certeza, faz-nos pensar e muito, contudo pensar demais também faz mal, portanto o meio termo tanto para o provérbio como para pensar será o ideal, só gostava que todas as palavras que digo fossem fáceis de aplicar...

Quarta-feira, as saudades sentem-se

Quarta-feira, o meu dia da semana preferido... dia de descanso e muita risada, contudo esta quarta demonsta-se mais cinzenta e fria que as restantes, tudo se resume ás saudades que se vão sentido com o tempo, daquelas pequenas conversas, do bom ambiente que aquele lugar me proporcionava, até do cheiro de uma boa carne grelhada e do stress que se sentia na hora do "rush", enfim... tudo aquilo me deixa saudades no corpo e na alma...
Contudo, tem os seus prós, afinal tudo na vida tem prós e contras por mais evidentes ou ocultos que sejam, mas nao é isso que faz de um bom dia de trabalho um sofrimento, quer dizer, talvez para aqueles que ja têem um dia bastante ocupado e pressionado, o que não é o meu caso.
Posso mesmo considerar que o fim desta rotina tirou o chão que me mantinha seguro, mas a vida é mesmo assim, feita de mudanças e nós só temos que nos acustumar a isso e aprender a viver desse geito.

terça-feira, 6 de dezembro de 2011

Á quem...

Á quem considere a vida uma rotina de altos e baixos, eu a comparo ao mais simples e estrelado céu em pleno Oceano... ás vezes limpo, outras vezes uma verdadeira tempestade, que afoga sonhadores e pescadores no meu imenso e salgado mar.
Á quem julge as coisas pelo destino, fado ou como quizerem chamar, eu apenas acho que quem comanda a nossa vida somos nós mesmos, apesar que nem sempre o fazemos da melhor forma ou mesmo no melhor contexto, mas ser humano é isso mesmo, errar e aprender com as borradas que fazemos ao longo do nosso trajecto desde pequenos a idosos.
Não sou perfeito, muito menos centro-me em mim próprio, apesar de achar que também temos direito ao nosso espaço, ao nosso momento de reflecção e é esses pequenos momentos que crescemos, que demonstramos o nosso carácter e a nossa personalidade a um mundo onde reina a obscuridade e a falsidade, sendo  assim temos que fazer frente a isso tudo...

Um dia de ecos e reflecções

Mais um dia começou, hoje mas para mim não passa de um dia comum, tirando o facto que as tuas palavras não me saem da cabeça, talvez seja a culpa de te querer e não deixar as coisas fluirem, não deixar que nossos lábios se cruzem e me deixem sentir amado.
Talvez por me sentir inseguro e fraco comparado á tua segurança e firmeza que demonstras nesse olhar que me deixa leve, contudo esqueci-me que a noite serve para dormir, descansar de um dia desgastante, mas os ultimos dias tem-me tirado o chão que em tempos era seguro e o simples acto de me deixar levar me deixa tão instável ao sentir-te perto de mim.
Queria fazer-te sorrir naquele momento, monstrar-te quem realmente sou por dentro, mas as minhas fraquezas foram mais fortes, porém soltaste a crosta sólida que me impedia de ser humano, a mesma criada por frios fracassos amorosos dos ultimos tempos, espero que seja um sinal...